Este blog é um espaço criado para trazer à memória aquilo que nos dá esperança. Sejam bem-vindos para que cresçamos juntos em Graça!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Aprendendo com a derrota - I

Que grande hiato entre as postagens... Quem já leu meu outro blog já está acostumado a esta ausência, e por mais que eu tente nunca conseguirei justificá-la de forma convincente.. Rsrs. Sou daquelas que tem "abstinência" das palavras escritas, gosto de me comunicar através delas. Espero em Deus que elas encontrem o destino certo e produzam em você a vida que pulsa em mim quando o Senhor me dá cada uma delas.



"POIS OS MEUS PENSAMENTOS NÃO SÃO OS PENSAMENTOS DE VOCÊS, NEM OS SEUS CAMINHOS SÃO OS MEUS CAMINHOS", declara o Senhor. (Isaías 55:8 - NVI)

  O País parou para a "copa das copas", de repente a apatia deu lugar ao emocionante encontro de nações e culturas, numa festa bonita para os olhos e graciosa ao coração. Os dias ficaram mais felizes e emocionantes, mesmo para quem só pode acompanhar pela televisão as partidas dos melhores seleções do mundo inteiro. Dava orgulho de vestir a camisa, pintar o rosto, reunir família e amigos para torcer por seus compatriotas, um sentimento de coletividade raro de ver no dia-a-dia "comum".
  Mas o Brasil perdeu, e de forma vergonhosa... Confesso que foi triste de assistir, pior ainda resistir ao sentimento de impotência que tomou conta de um povo alegre e cheio de vida, conhecido internacionalmente pelo otimismo que irradia nas palavras e nos gestos. E não tinha ninguém para consolar-nos. A tristeza deu lugar à revolta, que em forma de ironia tentou superar a dor da perda de um título, da esperança de estar no topo e mostrar ao mundo que em casa somos imbatíveis. 
  Meu pai me disse uma vez que a expectativa gera decepção, a situação descrita acima é a prova clara de que ele tem razão, principalmente quando o nosso coração espera fora de Deus. Foi um título, mas poderia ser o nosso emprego, um relacionamento; não importa. Quando as nossas expectativas estão fora de Deus a decepção é certa. Então é tudo culpa dos jogadores, estaria eu afirmando? Eu não sei o que se passou com cada um deles, no seu interior; minha analogia não é de julgamento, aproprio-me do exemplo da partida para que entendamos a falência da capacidade humana diante do impossível.
  Um sentimento de desespero compartilhado tomou conta de quem tinha a "obrigação de vencer", é isso que acontece conosco todos os dias. Somos estimulados a dar o nosso melhor esperando resultados, a competitividade social em que estamos inseridos não nos permite falhar e isto vai contra a nossa natureza. O homem é imperfeito, pecador, mortal; quando entendemos que a nossa natureza é pecaminosa, reconhecemos que somos passíveis de erros, o que gera em nós a dependência da Graça do Senhor.
  Uma vez arrependidos dos nossos erros podemos desfrutar do perdão de Deus, o que nos fornece a oportunidade de tentarmos novamente e da maneira correta. Arrependimento é diferente de remorso, o primeiro significa "mudar de intenção ou de ideia", é um ato de conserto; o segundo é um sentimento que pode ou não gerar a ação de arrepender-se.
  Afinal, o que isso tudo tem a ver com a copa? Bom, nada... Ou melhor, quase tudo! Como assim?? Que confusão, você deve estar se questionando. O erro faz parte da vida humana, seja vivido ou presenciado; o que produzimos em nós após cada erro cometido é que determina se seremos vitoriosos ou não. Podemos programar a nossa mente no "modo perfeição" e achar que somos imbatíveis, mas ao primeiro deslize ficamos imersos no caos das nossas ideias e não conseguiremos reagir à confusão instalada. Ou então reconhecemos o erro e mudamos a nossa intenção para encontrarmos o caminho que fornece a solução do problema.

Continua no próximo post...

Aprendendo com a derrota - II

Como o post ficou muito grande resolvi dividir em dois.. =D
Continuação:

"Os que conhecem o Teu Nome confiam em Ti, pois Tu, Senhor, jamais abandonas os que te buscam" (Sl 9:10 - NVI)


 Uma atitude bem tomada modifica situações de descontrole. Quando decidirmos que entregar a Deus o controle da nossa é vida é fundamental para o êxito, teremos entendido o caminho para o sucesso. E ele não vem em forma de fama, dinheiro, ostentação; tem o formato de uma cruz, para nos lembrar o MAIOR sacrifício feito pela humanidade. Ai que coisa estranha! Como que você pode ver o futebol em forma de cruz, como sacrifício, mudando as ideias... Muito complicada esta mistureba toda.
  Pense na sua vida como a campanha do Brasil na copa: um time é escalado (os seus sentimentos e sonhos), gerando expectativas em você e nos outros. Muitos torcem por seu sucesso e apostam que você será vencedor, outros duvidam da sua capacidade e no fundo é para estes que você "joga", pois deseja comprovar o erro de julgamento, através da sua atuação. O torneio começa, você vence os primeiros jogos e ganha cada vez mais adeptos à torcida, e acha bom. Às vezes o resultado não é lá tão convincente, mas a sua campanha parece ser promissora e você se agarra a este sentimento e segue em frente.
  Positividade, você consegue enfrentar as fases uma a uma e ganha ânimo e prestígio, os resultados conspiram para a vitória. Algumas vezes o agir divino é percebido numa bola na trave aos 45 minutos do segundo tempo, mas não é muito valorizado. Você mostrou que pode, está no auge da força física, inspira cada vez mais aplausos e o sentimento de dever cumprido aparece. De repente chega um adversário mais forte na semi-final, faz um gol no início do primeiro tempo e você... Perde?! 
  Perde a noção de bola, abre as suas defesas, acha que pode contornar a situação mas nenhuma das suas estratégias funciona. E em 10 minutos a partida é decidida, na maior goleada da história de sua vida, e você apenas assiste, quase que inerte, o seu sonho esvaindo-se ao som do lamento. Quando as nossas forças são confrontadas e não permitimos a intervenção sobrenatural de Deus é inevitável a nossa queda. 
  Um poder aparente não nos garante o sucesso, a exaltação de Deus vem através da humildade, como Jesus citou no sermão do monte. Fracassos fazem parte do crescimento, o que faremos diante deles é que determina o ritmo do nosso progresso. A resiliência nas lutas nos leva ao crescimento, quando reconhecemos a nossa falência damos espaço para ação curativa divina. Pois, como está escrito no versículo ao início deste texto, Deus jamais abandona aquele que o busca.

 Às vezes precisamos de uma grande derrota para nos movermos de forma correta em direção à vitória que Deus quer nos proporcionar; a despeito da nossa falha vontade, com o fim estabelecido na BOA, PERFEITA e AGRADÁVEL vontade de Deus.

Até a próxima!

Deus continue nos abençoando...